“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento” (Mateus 22:37-38).
I – INTRODUÇÃO
A) A Visão
1) Primeiro Mandamento – A maior prioridade (primeira) no coração de Deus é que nos tornássemos completamente apaixonados por Ele. A primeira prioridade que Deus tem para as nossas vidas, famílias, igrejas e nações é que nós O amássemos de todo o nosso coração, alma, entendimento e força no tempo presente (Mateus 22: 37-38). Esse é o desejo prevalecente de Deus para nossas vidas e todos os demais componentes de Sua vontade servem para o seu cumprimento.
2) Maior Mandamento – O que significa amar a Deus como o ´maior mandamento´? Significa receber e partilhar o amor de Deus sendo essa a mais poderosa, mais agradável, e prazerosa experiência de relacionamento à disposição da Humanidade. Fomos concebidos, designados e feitos para sermos amados e para amarmos. Nós fomos planejados para amar a Deus plenamente, e essa é a única maneira de cumprirmos apropriadamente a função para a qual fomos designados. Portanto, a maior e mais sublime visão para as nossas vidas é sermos pessoas que amam a Deus.
B) O Fundamento
1) Tão importante quanto à própria visão de crescermos em amor são os fundamentos sobre os quais construímos essa visão.
2) Paulo orou em Efésios 3: 17 para que nossas vidas estejam completamente arraigadas e fundadas no amor de Deus de modo que tudo que procede de nossas vidas seja gerado no amor. Para que nos tornemos uma “árvore madura no amor de Deus”, temos de ser plantados em “solo” ou “fundamentos” apropriados que conduzam, em amor, à maturidade nas nossas vidas.
II – FUDAMENTO Nº 1: RELACIONAMENTO
A) Crescer em amor refere-se a crescer no relacionamento com Jesus (João 15:4-5, Judas 1:21, Efésios 2:20). O amor não existe na solidão, mas sim no relacionamento. A razão pela qual Deus é amor é porque um relacionamento existe (entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo). Simples assim, o relacionamento é a parte central do amor do qual a multiplicidade de experiências decorre. Cresceremos em amor a Jesus tanto quanto o conhecermos. O amor de Deus e para Deus não acontece no “vácuo”.
B) Nossa visão e fundamento de crescer em amor têm de estar centrados no relacionamento com Jesus. Fora dessa relação, muitas experiências e sentimentos surgirão. Temos de estar atentos para evitar transformar as “experiências” no objetivo final, mas antes desenvolvermos um relacionamento que produza experiências.
III – FUDAMENTO Nº 2: TEMOS DE SER TRANSFORMADOS AO VERMOS JESUS
A) Entendemos que o primeiro fundamento para crescer em amor é estar centrado em um relacionamento com Jesus. O próximo fundamento é sermos transformados à medida que desenvolvemos um relacionamento com Jesus, pois a primeira exigência para a intimidade em um relacionamento de qualquer espécie é a “semelhança”. Sem uma semelhança mútua (unidade de coração, mente, visão e valores), a intimidade na relação interpessoal é estagnada e não pode progredir. Portanto, a chave para experimentarmos uma intimidade mais profunda no relacionamento com Jesus é sermos transformados à Sua imagem (II Coríntios 3:18). O processo de ser transformado à semelhança de Deus é uma jornada de santidade. Somos ordenados a “ser santos como o Senhor é santo” (Levíticos 11:44-45; Efésios 1:4, 5:27; I Pedro 1:15-16).
B) Dilema da Transformação: O mandamento para ser santo em si não é o que nos muda. Saber que precisamos mudar NÃO nos muda. A exortação para pensar ou para fazer qualquer coisa não contém em si poder inerente para provocar tal comportamento. Então, como nós somos transformados? Somos transformados ao vermos (considerando, entendendo) o coração de Deus (olhando e tornando-se) em nós.
Mas todos nós (isso se aplica a todos), com a face descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados à mesma imagem (que vemos) de (um nível de) glória em (outro nível de) glória, como pelo Espírito do Senhor (II Coríntios 3:18).
C) É surpreendente que Deus tem revelado (revelação, conhecimento de Si) o Seu próprio coração, o ´agente de transformação´! A sabedoria e a bondade do coração de Deus é que nós podemos conhecê-lo enquanto somos transformados, e não apenas depois de sermos transformados.
D) A descoberta do conhecimento do amor de Deus por nós é a parte principal para crescer em amor por Deus, por si e pelos outros, porque isso nos transforma à Sua semelhança.
Amor de Deus -> Amor por Deus -> Amor por si -> Amor pela Igreja -> Amor pelos perdidos.
E) Implicações: (1) Não amaremos a Deus ou aos outros mais do que à nossa descoberta do Seu amor por nós; (2) Não amaremos aos outros mais do que amamos a nós mesmos; (3) Não amaremos o ´perdido´ mais do que amamos à igreja;
IV – FUNDAMENTO Nº 3: O AMOR ENVOLVE A PESSOA POR COMPLETO
A) Amar a Deus envolve a completude de quem você é: coração, alma, mente e força (Marcos 12:30).
B) Crescer em amor envolve nossa mente (intelecto), coração (afeição), alma (vontade) e força (recursos). Amar não está limitado a um sentimento de afeição positiva baseada em uma emoção interior (apesar de, indubitavelmente, experimentarmos isso várias vezes). O amor no relacionamento é vasto em suas expressões e experiências. Paulo descreve a altura, a profundidade, a largura e o comprimento desse amor (Efésios 3:18).
V – FUNDAMENTO Nº 4: AMAR A DEUS SINCERAMENTE É NO TEMPO PRESENTE
A) Ao buscarmos amar a Deus com a completude de quem nós somos (fundamento nº 3), temos de entender que essa é uma realidade presente, não apenas em um dia futuro quando finalmente formos maduros e completamente sincero. Nós podemos (e devemos) ser sinceros hoje e não simplesmente enxergarmos isso como uma expectativa para o futuro.
B) Muitas vezes, imagino o dia em que eu me
tornarei qualitativamente sincero no futuro, e, portanto, não o quanto eu O busco no presente.
Artigo extraído do site www.adorando.com.br