“No Novo testamento, a fé mostra-nos um relacionamento de Deus com Jesus, baseado em plena confiança, reconhecimento de quem era Jesus e daquilo que Deus fez ou prometeu através d’Ele. A fé pode-se dizer é também confiança, ou, seja, deixar-se convencer, ser persuadido por alguém, no nosso caso, por Jesus Cristo. Ser persuadido nos leva a entregar-nos nas mãos de Jesus, tendo-O como orientador.
O cristão deve exercer sua fé, não com vãs declarações. Deve, sim, até declarar sua vitória, mas essa declaração tem que levá-lo a um compromisso de vida diante daquilo que declarou. Não meramente palavras soltas ao vento farão de nós, vencedores, mas o nosso compromisso com o dono da vitória. É como se disséssemos: “Cristo é o alvo de minha vida e minha existência diária”.
É uma total dedicação de sua alma a Cristo. É através do Espírito Santo que somos orientados em cada passo.
A fé também é um Dom dado por Deus aos homens (I Coríntios 12.9) e é uma capacidade espiritual (Gálatas 3.11). A fé nos vem como resposta ao pacto de Deus conosco (Gálatas 3.15-22). A fé também é caracterizada pela aventura (Gálatas5. 5-6).
Uma das mais importantes características da fé é que ela não pode ser ensinada e nem destruída e muito menos forçada. Quando há em nós a mente de Cristo, temos fé para buscar em Jesus respostas para as nossas necessidades, podemos modificar os destinos das nações e buscar a salvação da cidade. A fé é libertadora, pois, quando temos em nós a fé em Jesus Cristo, somos livres para viver e para buscar somente em Jesus nossa vitória. Confiando n’Ele, não temos mais nada a temer nem a buscar sacrifícios para alcançar graça, pois a fé nos dá o privilégio de termos acesso ao Pai, nos deleitarmos n’Ele totalmente e, somente a partir daí, descansar. Isso quer dizer que não temos outro Deus além do verdadeiro Cristo, o que nos traz um sentimento de segurança e de proteção que ultrapassa qualquer dos nossos sentimentos humanos. Não precisamos, então, ficar sacrificando nossa para obtermos repostas, mas, sim nos deleitarmos no Senhor e esperarmos dele a resposta.
As Escrituras nos ensinam que a fé é o que nos leva a reconhecer a realidade das coisas espirituais. Tertuliano, ao tratar da fé disse que era como uma loucura para os homens entenderem-na, já que é uma doutrina de Deus. Ela não precisa de nenhuma evidencia racional e ele ainda acrescenta: ”Creio, porque é absurdo”. Para Agostinho, a fé era necessária para compreendermos a Palavra de Deus, pois sem a fé não haveria como decifrar as palavras da Escritura e dizia: “Creio para entender”. E você, como vê a fé? Como algo sobrenatural de Deus, ou algo para você também alcançar? Não basta crer naquilo que alguém diz ser fé, mas crer no autor da fé. Crer que a sua oração vai ser ouvida por Deus, porque você é uma pessoa de fé. A fé em momento algum se desintegra da nossa razão. É loucura, mas podemos, como cristãos, entender as coisas de Deus de modo que sejamos capazes de nos dar inteiros à fé, para conquistarmos aquilo que Deus coloca em nosso coração como sonho. È loucura, pois com olhos humanos é impossível entender.
A salvação também é pela fé (Efésios 2.8), a fé no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Então, a fé não é a causa da salvação, mas o meio de salvação. Essa fé é o nosso reconhecimento daquilo que Jesus fez por nossos pecados o que gera em nós arrependimento de salvação, ou seja, CONVERSÃO.
A fé purifica nosso coração. Isso não nos dá o direito de sairmos medindo a fé dos nossos irmãos. Precisamos, a cada momento, entender o que Deus reservou para as nossas vidas, e poder ajudar o nosso irmão a reconhecer que só em Cristo temos fé no impossível.
Só chegaremos como comunidade a alcançar alvos comuns, (como salvação da cidade, parentes e amigos), quando reconhecermos que a nossa fé não vem de nós, é Dom de Deus. Ter fé não depende de nossos esforços físicos, nem mentais, porém, de busca em Cristo.