O Senhor Jesus ama tanto o seu povo, que a cada dia ele ainda está fazendo por eles muito do que é análogo ao lavar os pés sujos.
Suas ações mais pobres ele aceita; as suas mais profundas tristeza ele sente; os seus menores desejos ele ouve; e todas as suas transgressão ele perdoa.
Ele ainda é o seu servo, assim como o seu amigo e mestre. Ele não apenas executa obras majestosas para eles, como usa a mitra na sua testa, e as jóias preciosas brilhantes em seu peitoral, levantando-se para interceder por eles, mas com humildade e paciência, ele ainda se dirige ao seu povo com a bacia e a toalha. Ele faz isso quando ele coloca longe de nós no dia a dia as nossas fraquezas e pecados constantes.
Ontem à noite, quando dobrou os joelhos, você tristemente confessou que grande parte da sua conduta não era digna de sua profissão, e até mesmo hoje à noite, você deve chorar porque caiu de novo na mesmíssima loucura e pecado para o qual a graça especial foi provida muito tempo atrás, e ainda Jesus vai ter muita paciência com você, ele vai ouvir a sua confissão de pecado, e ele lhe dirá: “Eu quero, sê limpo”, ele voltará a aplicar o sangue da aspersão, e falará de paz à sua consciência, e removerá todas as manchas.
É um grande ato de amor eterno, quando Cristo uma vez por todas absolve o pecador, e o coloca na família de Deus, mas que paciência condescendente existe quando o Salvador, com muita paciência, afasta as loucuras recorrentes de seu discípulo rebelde; dia a dia, e hora a hora, lavando as transgressões multiplicadas do seu errado, mas ainda amado filho! Porque secar uma enxurrada de rebelião é algo maravilhoso, mas suportar o lançamento constante de repetidas ofensas com paciência eterna, isso é divino mesmo!
Enquanto encontrarmos conforto e paz na limpeza diária realizada por nosso Senhor, sua influência legítima sobre nós será para aumentar a nossa vigilância, e vivificar o nosso desejo de santidade. É isto assim?
Texto de Charles Haddon Spurgeon, em domínio público, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.