É com grande alegria que observamos líderes, pastores e ministros de música tendo uma grande sede por desenvolver o seu talento na obra de Deus, que é a direção do louvor congregacional. Para a glória de Deus já encontramos farto material que tratam deste tema. Infelizmente, nem sempre foi assim. A verdade é que apenas de alguns anos para cá é que estudos tratando especificamente deste assunto vem se tornando populares. A razão disto talvez foi a falta de importância que muitas igrejas davam aos seus dirigentes ou devido à recente explosão da música cristã, pegando muitas comunidades de surpresa. De qualquer forma, deixo registrado este artigo como uma fonte de dicas que auxiliarão o amado leitor na direção do louvor congregacional.
Vamos as dicas!
Bem, o primeiro tópico que quero tratar é a questão da transmissão de segurança. O dirigente de louvor deve saber transmitir segurança aos irmãos enquanto conduz. Por esta razão devem ser evitados o nervosismo, a voz tremida, o semblante amedrontado, as falas decoradas, etc. Seja natural! Se isto for difícil a você, te aconselho a ler livros sobre o assunto (falar em público) ou começar a dirigir reuniões com menor número de pessoas, como estudos bíblicos, grupos de jovens, cultos de semana etc. É claro que muita gente exigirá tempo para perder o nervosismo, mas de qualquer maneira valerão as dicas acima.
Outro ponto a ser tratado é a questão da técnica musical. O dirigente de louvor congregacional deve ter mínimo de musicalidade para não cantar desafinado, nem descompassar os músicos e a igreja. Acho ótimo que um ministro de música saiba tocar pelo menos um instrumento. Isto melhorará em muito a sua percepção musical e o seu metrônomo “interno”. É realmente difícil estar na direção do louvor sem pelo menos saber entrar na música, manter-se na afinação, cantar dentro do ritmo, etc. A solução para este problema é obviamente o estudo da teoria e prática musical, com exercícios para aperfeiçoar a voz e o ouvido.
Um tópico que não deve ser deixado de ser tratado é a preparação na Palavra. O dirigente de louvor deve saber pregar tanto na forma cantada como na falada. Se você já está envolvido nesta área a algum tempo, já deve saber que a direção do louvor exigirá um bom conhecimento bíblico. Julgo este tópico essencial, e que deve ser olhado com muito cuidado para que ninguém caia no erro de falar ou cantar doutrinas erradas. A Palavra de Deus deve ser a base para tudo.
A questão da expressão do dirigente também deve ser colocada em pauta. É bom que o dirigente de louvor resplandeça alegria, simpatia, amor, paz, etc. Muitas vezes já participei de reuniões em que o dirigente cantou com a “cara fechada”, e pareceu-me que ele deveria estar irado com alguma coisa. Isto me prejudicava e também prejudicava a igreja enquanto louvávamos a Deus. Muitas vezes também já participei de reuniões onde o dirigente estava com o semblante caído, demonstrado estar abatido e cansado. Isto fazia com que muitas pessoas desanimassem também. Costumo dizer que o dirigente deve expressar o que a música está transmitindo. Se é alegria, se é paz, se é unidade, se é guerra etc., depende da ocasião e do cântico.
É necessário também que o dirigente de louvor saiba desvincular a direção do louvor das pessoas ao seu redor. Às vezes observamos pessoas dirigindo o período de louvor congregacional com medo do pastor, de outros líderes, de outros dirigentes, como se eles fossem avaliar o seu serviço. Muitos ainda pensam que o sucesso do louvor dependerá das autoridades presentes, ou do avaliar dos outros irmãos. Saiba que a direção do louvor congregacional dependerá de ti e do Senhor, e da comunhão entre ambos. Não centralize suas atenções nas pessoas. Você deve estar ciente de que o louvor é para o Senhor e só. Mesmo quando você está falando às pessoas, você está fazendo isto por Ele e para Ele.
Uma questão que também deve ser estudada é a crítica. Toda pessoa que está em frente a uma platéia está sujeita a críticas. O dirigente de louvor deve saber filtrar as críticas construtivas e aprender a consertar os erros que comete sem perceber. Como experiência própria, várias vezes já fui exortado pela minha família quando errava na direção do louvor congregacional. Muitas destas críticas foram bênção em minha vida. Erros como falar demais, falar de menos, cantar demais, expressão e semblantes caídos, volume do som, desorganização, etc., são as falhas mais comentadas. Os dirigentes devem estar preparados para ouvi-las constantemente e aprender aceitar os seus erros. Nunca se esqueça: “Nenhum dirigente de louvor é perfeito e um pouco de humildade não faz mal a ninguém”!
Um abração em Cristo Jesus
Ramon Tessmann
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