Não podemos confundir as expressões bíblicas que afirmam que Deus é amor, e que amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para salvá-lo, e que ele é bom tanto para com justos e bons, quanto para com injustos e maus, que isto signifique que ele sempre esteja contente com todos os homens, independentemente do que sejam e do que pensem, sintam ou façam.
Não é incomum se ver mesmo entre os seres humanos que estes amem especialmente os seus entes queridos e no entanto ainda não se acharem satisfeitos com o mau comportamento de alguns deles.
No que tange à sociedade como um todo, quem em sã consciência e gozando de perfeita saúde mental pode estar contente com os que se dão às práticas criminosas?
Quem está contente com os que são ladrões, assassinos, estelionatários, amantes da violência, violadores dos nossos direitos etc?
Se nós, sendo pecadores imperfeitos não ficamos contentes com tantos que nos tratam de maneira desrespeitosa, que nos ofendem sem causa e que são amantes de toda forma de iniquidades e injustiças, o que diremos de Deus que é totalmente santo, perfeito e justo?
Como poderia estar contente senão somente em relação àqueles que se arrependem do mal e buscam ser santos e justos tal como ele?
Poderia Deus se agradar dos que se alegram com a injustiça? Dos que odeiam seus mandamentos e que rejeitam o sacrifício de Jesus na cruz para perdoar os nossos pecados?
Qualquer pessoa que fizer um exame sério e honesto de toda a Bíblia verificará que Deus faz uma clara distinção entre aqueles que o amam e aqueles que o odeiam; entre aqueles que praticam a justiça e os que praticam a iniquidade; entre os que servem a Deus e os que não o servem.
“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupa-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” – Malaquias 3:16-18