Quando uma criança ou um bebê olha para uma tomada de energia, com aquela vontade de colocar o dedinho, não adianta o pai ou a mãe informar para o bebê que a voltagem ali contida fará com que ele se machuque ou até mesmo morra; a criança não vai entender, ela só vai identificar aquilo como perigo, quando colocar o dedinho lá e tomar um choque e sentir a dor que ele provoca. Não adianta falar sobre amperagem, voltagem ou descarga de energia, somente a experiência fará a criança identificar alguma coisa como perigosa ou prazerosa. Quando um bebê faz alguma “arte” algumas palmadinhas são dadas para que ela saiba a diferença entre certo e errado.
Quando a criança cresce e se torna jovem, ela começa a tomar consciência dos fatos, a conversa já toma outro sentido e agora ela decide o que é melhor ou não para si. Os pais apontam o caminho, mas a decisão final será do individuo em segui ou não a orientação dos progenitores.
Com o povo de Israel era a mesma coisa.
No Velho Testamento ele ainda era um bebê. Eles precisavam ser preparados para receber a Jesus como o Cristo, com todo entendimento da mente e do coração, só que antes de crescerem, eles ainda, como bebezinhos que eram, só aprenderiam algo sentindo as conseqüências; por isso, que, quando o povo pecava no Velho Testamento vinha sempre a correção, a palmadinha, para que aprendessem a andar no caminho certo.
Então Jesus chega, e inaugura a maioridade do povo. Ele agora diz: “vocês não são mais crianças, vocês agora já são adultos então vou tratá-los como tal.” A partir de então o Senhor apresenta o bem e o mal e nós decidimos o que seguir, da mesma forma as conseqüências vem, só que não são” tão visíveis” fisicamente. São mais espirituais. O pecado continua gerando morte, só que ao invés do chão se abrir e engolir o povo (Nm 26.10), a pessoa se esfria e se afasta de Deus (Rm 6.23).
Antes o povo vivia pela Lei. Hoje pela Graça. A graça tem tantas conseqüências quanto a lei. Errado continua sendo errado e certo continua sendo certo. Como não vemos as conseqüências na hora, temos a tendência de achar que o TEMPO DA GRAÇA é mais flexível do que o TEMPO DA LEI. Engano! A nossa vantagem é que temos o Espírito Santo, amigo, conselheiro, ajudador, e Ele nos ajuda a nos reconciliarmos com Deus.
Hoje o fogo pode não descer do céu e te consumir (II Rs 1.10), mas o pecado não confessado te leva, mesmo que você não perceba, ao fogo de tormento eterno (Mt 25.41)
Na paz daquele que nos ama como filhos pequenos e nos respeita como adultos.
Pr. Felipe Heiderich