“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,” (1Co 2.4)
A Palavra aqui referida pelo apóstolo não é a Palavra de Deus, mas “linguagem persuasiva de sabedoria” terrena e meramente humana. Todavia, o foco que ele pretendeu apontar nesta passagem foi o de que a sua pregação e palavra consistiam em demonstração do Espírito Santo e de poder.
Salvação, santificação, maravilhas acompanhavam esta palavra e pregação conforme o poder da graça através do Espírito Santo.
“Porque não ousarei discorrer sobre coisa alguma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir os gentios à obediência, por palavra e por obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo,” – Romanos 15:18-19
É importante conhecermos em que se fundamenta a nossa fé, a saber, em tudo o que temos obtido por meio de Cristo e especialmente as riquezas espirituais que se encontram em sua própria pessoa divina, porque é nisto que repousa a nossa esperança, fé e amor, bem como a nossa alegria e paz espirituais.
Mas, se este conhecimento não for acompanhado pela manifestação do poder real do Espírito em nossas vidas, pouco ou nada nos valerá tal conhecimento. Por outro lado, este poder e demonstração do Espírito apontam para as coisas relativas ao reino de Deus e à sua justiça, e não propriamente para conquistas terrenas, as quais, inclusive podem ser alcançadas pela engenhosidade e trabalho meramente humanos.
E nisto, devemos considerar, que se fosse este o alvo deste poder e demonstração do Espírito, para cumprir o propósito divino em nós, e para declararmos a sua obra e poder para a sua exclusiva glória, seria isto atingido pelo fato de conseguirmos casas, carros ou quaisquer outros bens terrenos?
Quantas vezes seríamos abençoados por este meio? Quantas casas novas seriam necessárias? Quantos carros ou o que for?
Teríamos uma alegria pontual, não renovada, e nisto não se cumpre o plano de Deus, que é o de que sejamos alegres em todo o tempo, em espírito, por nossa comunhão com Cristo.
Coisas materiais e meramente terrenas não podem alimentar e dar crescimento ao nosso espírito. Espírito se afia com espírito e não com o que é natural.
Por isso a Palavra de Deus é designada como o pão do espírito, pela qual importa que vivamos e cresçamos, ao ser aplicada aos nossos corações pelo poder do Espírito Santo.