Assim como é firme e segura a Nova Aliança (Atos 13.32-34; Hb 6.17-19); que Deus fez com os crentes em Jesus Cristo, então estes devem ser também confirmados e aprovados segundo o caráter da citada aliança.
A Antiga Aliança que fora estabelecida com a mediação de Moisés era de caráter passageiro, e estava destinada a desaparecer ao ser substituída pela Nova, que foi instituída com a mediação de nosso Senhor Jesus Cristo, para durar para sempre.
Um judeu que era considerado aliançado na Antiga Aliança – pois esta abrangia todos os israelitas – poderia perder a condição de aliançado por sua infidelidade ou incredulidade, mas isto não pode ocorrer com um crente aliançado com Cristo na Nova Aliança, porque os que estão nesta Nova Aliança, firmada com base no sangue de Jesus, estarão aliançados com Deus para sempre.
Em Cristo o crente é de fato uma nova criatura, que é designada por Deus a ser firme como o é o seu próprio Salvador e Senhor. Paulo diz em Rom 5.2 que o crente está firme na graça, e isto significa que dela jamais poderá ser apartado, nem mesmo por sua própria vontade.
Deus o colocou em Cristo para ali permanecer para sempre, logo, importa que se veja na vida do crente esta firmeza para a qual ele foi destinado.
Todavia, vemos o mesmo apóstolo Paulo (Gál 5.1; Fp 4.1), como o apóstolo Pedro (I Pe 5.12) exortando os crentes a permanecerem firmes na fé, sem que isto signifique que a condição deles em Cristo seja incerta, insegura, abalável. Ao contrário, é por ser firme e segura, tanto a sua chamada quanto a sua união com o Senhor, que eles são incentivados a permanecerem na condição em que devem sempre ser achados, a saber, firmes na fé, nunca duvidando da sua filiação a Deus e sua aceitação por Ele. Daí a necessidade do trabalho da confirmação da nossa fé, depois que nos convertemos a Cristo.
Precisamos receber o carimbo espiritual de Confirmado e Aprovado depois de passarmos pelos vários testes e provações da fé, aos quais seremos submetidos pela providência divina. Nisto se evidencia a eficácia real que há no trabalho de crescimento espiritual que é operado em nós pelo Espírito Santo.
Deus é glorificado por revelar aos anjos e aos homens o Seu grande poder restaurador, e toda a Sua paciência, amor e misericórdia, em conduzir pecadores a serem transformados em verdadeiros santos.
Somos, portanto confirmados na fé para a glória de Deus, e também para sermos úteis em Sua obra de expandir Seu reino na Terra.
Diz-se firmeza de fé, porque necessitamos estar convictos desta estabilidade e firmeza da obra do Senhor em nossas vidas. Ela não falhará. Ela não deve e não pode falhar. Será concluída perfeitamente dando Deus cumprimento ao Seu desígnio e poder.
“tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus,” (Filipenses 1.6).
Conscientes disso em espírito, jamais titubearemos na fé, por temer que venhamos a falhar em nossa perseverança em seguir e servir ao Senhor.
Nem o pecado, o diabo e o mundo podem nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Nem mesmo a morte pode fazê-lo.
A vida que temos recebido pela fé é eterna, e como tal deve durar para sempre. Não é vida para alguma temporada ou que possa ser interrompida.
Foi com esta confiança que os apóstolos cumpriram seu ministério, e com igual confiança devemos cumprir o nosso. Em nada duvidando, porque o Deus que fez a promessa de nos firmar para sempre em Cristo é fiel.
Vemos, portanto que é um imperativo do propósito eterno de Deus que sejamos confirmados na nova vida celestial e divina que recebemos pela fé em Jesus Cristo. Foi para isto que Ele nos predestinou, chamou e justificou, a saber, para que sejamos achados em perfeição gloriosa no porvir. E Ele certamente o fará pelo Seu próprio poder.
Pr Silvio Dutra