Quem nunca passou por um momento de crise existencial que tome o primeiro “tarja preta”.
A verdade é que a nossa vida aqui na Terra é um exercício diário de sobrevivência. Vivemos num corpo que foi modificado pelo pecado (corrupção da carne), somos afastados da nossa essência original e lutamos diariamente numa guerra interna entre carne e espírito.
Quem não acredita em ETs que entre na primeira nave. Por que é justamente assim que a maioria de nós deve se sentir: um povo longe de sua casa, longe do seu lar, pois “ET liga casa!” (Filme de Steven Spielberg). Estamos longe da pátria, o Lar Celestial.
Estamos/Somos incompletos. Fomos afastados da comunhão original com nosso criador e sentimos uma falta latente disso. Como panacéia para esse vazio interior, muitos se entregam aos vícios ou aos prazerem que a carne tem a oferecer. Alguns numa reação abrupta, como crianças que são arrancadas do colo da mãe, passam para a negação e geram ojeriza por tudo que é espiritual. Na realidade estão sentindo saudades da mãe (no nosso caso Criador) apenas não tem coragem de admitir esse sentimento.
Já que estamos então largados num mundo vil, sem rumo e sem documento, o melhor que temos a fazer é chutar o balde, correto? ERRADO!
Errado por quê? Simples (na realidade nem tão simples assim):
Se sentir gordo e se entregar a comida, não vai te fazer emagrecer;
Faltar à prova de cálculo, não te fará passar de ano;
Ignorar que existe algo muito além do que você possa sentir ou imaginar, não te fará sumir com a dor do coração pela falta de algo que você não sabe explicar.
E a verdade é essa: Todos têm dúvidas, inquietações, lágrimas, soluços.
Será essa a profissão a seguir? Será esse o ministério que o Senhor me chamou? Será que estou fazendo tudo certo? Se estou, por que as coisas não estão fluindo como deveria?
Onde está Deus? Por que Ele não fala comigo? Por que não manda um anjo pra me explicar o que está acontecendo? Por quê? Por quê? Por quê?
Como uma criança de 2 anos, sucumbimos as nossas interrogações, damos vazão a inquietação e temos a ardente vontade de “CHUTAR O BALDE”!
Será que Abraão não teve essa vontade também enquanto esperou por mais de 20 anos o nascimento de Isaque? Será que Lutero não teve o mesmo sentimento, ao ver todos os absurdos feitos pela igreja e tentar mudá-los e ninguém lhe dar ouvidos? E se Martin Luther King também estivesse desistido na luta pelos negros? E se Billy Graham não tivesse agüentado a pressão de pregar um evangelho quando não era moda, pelo contrário era visto como uma aberração, um ET?
Dúvidas, crises todos passamos, a diferença está em como reagimos diante de cada uma delas.
Prefere chutar o balde ou dobrar os joelhos?
“Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido ouviu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam” Isaías 64.4
Nele, nossa eterna esperança, e certeza de sabermos pra onde estamos indo,
Att,
Pr. Felipe Heiderich