O primeiro e mais repetido passo na adoração é o arrependimento. Como disse John Wimber (fundador da Vineyard Music), “o arrependimento é a porta de entrada e o caminho a seguir”. Caminhar com Deus é como um casamento: o objetivo é a intimidade e a fidelidade; a maneira de se alcançar essa meta é a renovação constante dos votos do casamento. Relacionamentos íntimos exigem manutenção constante. Quando cometo um erro, às vezes preciso falar com minha esposa e pedir-lhe desculpas. Odeio aquela parede de separação que se levanta entre nós quando usamos palavras ríspidas um com o outro. Gosto de resolver logo a situação. De maneira similar, gosto de me livrar do meu pecado diante de Deus o mais rápido que puder.
A analogia do amor entre o noivo e a noiva é usada com freqüência nas Escrituras para expressar o relacionamento de Cristo com sua igreja. A idéia do amor físico e emocional é poderosa, mas é apenas uma sombra da intimidade que temos com Deus em espírito. Paulo diz: “Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1Co. 6:17).
Intimidade com Deus tem a ver com fidelidade, ou seja, não ter outros deuses. Sem obediência, nunca experimentaremos a verdadeira intimidade: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” (Jo. 14:21).
A figura da intimidade é uma forma de descrever a vida de comunhão e interação profunda com Deus. Um dos benefícios da intimidade com Deus é sermos cheios de conhecimento tangível em relação ao seu amor. É ter uma esperança do céu que nos dá energia diante das pressões. Também é deixar Deus penetrar no mais profundo daquilo que somos e nos afastar das coisas que impedem nosso relacionamento com ele.
Você não pode se tornar íntimo de alguém se, se recusar a ser honesto e aberto. Eu me apaixonei por minha esposa compartilhando minhas esperanças, medos e sonhos mais profundos com ela. Se ela não tivesse reagido com a mesma abertura, nosso relacionamento teria acabado. Durante o namoro, ela optou por me ouvir e me aceitar nos momentos de maior vulnerabilidade. Quando passei por dificuldades para descobrir o caminho correto para minha carreira, ela permaneceu comigo. Quando lutei com as minhas inseguranças e dúvidas sobre meu chamado para o ministério, ela me aceitou. Amou-me a despeito do medo que eu tinha de fracassar. Provou que eu podia confiar nela e, assim, foram lançados os fundamentos de um relacionamento para a vida toda.
Bem no começo de minha jornada de conhecimento de Deus, experimentei de maneira poderosa o amor e a aceitação do Senhor. Tal como Davi, posso dizer: “Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória. O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meu lábio te exautarão” (Sl. 63:2,3).
Apesar das muitas maneiras pelas quais Deus tem mostrado seu amor por mim, eu ainda preciso de doses regulares de seu amor tangível para me manter saudável. Sou como um computador que precisa ser regularmente reprogramado para ver Deus como aquele que é amor. Ele gentilmente me leva a essa verdade sempre que necessário. Ele me ama como eu sou não como eu deveria ser.
Por Andy Park
Andy Park é pastor de Artes da Adoração na Vineyard em Anaheim. Ele tem liderado louvor por mais de 20 anos e tem escrito muitas das músicas de adoração da Vineyard, como Senhor, Te Quero, Santo Amor entre muitas outras. Andy e sua esposa, Linda, moram em Anaheim, Califórnia com seus seis filhos.
Artigo extraído do site www.vineyardmusic.com.br