SOBRE A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
A Jornada Mundial da Juventude é um evento religioso instituído pelo Papa João Paulo II em 20 de dezembro de 1985, que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens. Com duração de cerca de uma semana, promove eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens.
Reúne milhares de jovens para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, além de compartilhar entre si a vivência da espiritualidade.
Inspirado por grandes encontros de jovens do mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos em Roma, dos anos de 1984 e 1985, o Papa João Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento anual (que passou depois a ser com intervalos de dois ou três anos) com o objetivo de alcançar novas gerações de católicos, propagando assim os ensinamentos da Igreja.
O evento é realizado numa cidade escolhida pelo Papa. Nos anos intermediários, as Jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, pelas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Papa sugere um tema. Durante a JMJ, acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows, tudo em diversas línguas.
Na edição de 1995, em Manila, Filipinas o evento reuniu cerca de 4 milhões de pessoas, uma das maiores concentrações de católicos da história. A JMJ de 2013, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, reuniu cerca de 3,7 milhões de jovens, sendo a segunda maior concentração de jovens da história deste evento.
Apesar de ser organizada pela Igreja Católica, a JMJ é um convite a todos os jovens do mundo.
“…a esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo.” (Papa João Paulo II)
Público da JMJ: 3.700.000 pessoas
Tema da JMJ: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mateus 28:19)
COMENTÁRIOS À JORNADA MUDIAL DA JUVENTUDE
A pergunta que eu tenho mais escutado nestes últimos dias é a seguinte: “Por que, nós evangélicos não conseguimos realizar um evento como a Jornada Mundial da Juventude?”. A resposta é simples, nós evangélicos não temos unidade, ou melhor, até temos, mais não a praticamos.
Ter unidade ou viver em unidade, não significa pensar igual, mas sim ignorar as diferenças em prol de um propósito maior do que nós mesmos, isso é unidade. Por isso, quando falo que nós evangélicos, não praticamos a unidade, quero chamar a atenção justamente para esse detalhe. O fato é sabemos, entendemos e reconhecemos que temos o mesmo propósito, no entanto o que não conseguimos fazer é que esse propósito sobreponha as nossas diferenças. Sendo assim, por causa das nossas divergências doutrinárias, teológicas, etc. e tal, os nossos propósitos igualmente tornam-se divergentes.
UNIDADE
A unidade fortalece a divisão enfraquece – (Marcos 3:24-25);
Sabemos que uma casa e um reino divididos contra si mesmos não podem subsistir, isso só vem demonstrar o quanto a unidade é fundamental. Vale lembrar que isso se trata de um princípio e princípios orientam a dinâmica da vida como um todo, ou seja, essa colocação que Jesus faz sobre divisão, não cabe somente aos cristãos evangélicos, mas sim a um contexto generalizado, lembrando que Jesus estava retrucando a uma colocação feita pelos seus opositores, onde os mesmos o acusavam de expulsar demônios em nome de belzebu. Dessa forma, o Mestre falava de princípios que cabem a qualquer realidade inclusive a nossa.
Partindo deste princípio entendo que a unidade, também é inerente a qualquer realidade, inclusive a dos cristãos católicos que deram uma lição de unidade em nós evangélicos. Existem diferenças entre eles? Existem. Porém, ignoraram todas elas em prol de um propósito que eles julgam ser maior. Como consequência conseguiram dar uma demonstração de força, mobilizar uma cidade inteira em favor dos seus propósitos e reacender uma crença, que muitos julgavam perdida há tempos, no meio de uma juventude que está sedenta por se pegar em algo que redefina os seus valores.
O vínculo da paz é que nos mantém unidos como um só corpo (Efésios 4:3);
A paz é o catalisador da coesão. No momento em que conseguirmos conviver em paz uns com outros, alcançaremos a interação de que tanto precisamos. Para isso acontecer temos que praticar mais a Palavra, para aí sim, praticando-a sermos mais tolerantes uns com os outros, dar suporte uns aos outros, enfim, vivermos da maneira que a Escritura pede para que vivamos (2 Tm 3:16-17).
É fundamental que paremos de nos agredir, de nos atacar como se fôssemos inimigos, quando a Bíblia nos chama de irmãos. É inconcebível que um corpo normal se agrida voluntariamente. Imagina você se dando um soco bem na “boca” do seu próprio estômago. Só se você tivesse algum problema de ordem mental, pois sabemos que todos os movimentos do corpo são controlados pela cabeça. Porém, no caso do corpo de Cristo (Igreja) a cabeça é próprio Cristo.
A unidade nos faz agir de maneira unânime (Atos 4:24).
Agir unanimemente é unir forças em prol de um propósito comum e dessa maneira ganhamos a capacidade de multiplicar essa força. Que uma pessoa pode fazer, dez pessoas juntas podem fazer dez vezes mais rápido, dez vezes mais eficiente, etc. Quando imbuídas do mesmo sentimento.
SOBRE O PAPA FRANCISCO
Francisco (em latim: Franciscus), nascido Jorge Mario Bergoglio SJ (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o 266º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013.
É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro papa jesuíta da história. Tornou-se Arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e cardeal-presbítero em 21 de fevereiro de 2001, foi eleito papa em 13 de março de 2013.
Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Segundo o próprio, uma referência a São Francisco de Assis fazendo referência a “sua simplicidade e dedicação aos pobres” e motivado pela frase dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: “Não se esqueça dos pobres”.
“Alguns não sabiam por que tinha escolhido o nome Francisco, e interrogavam-se se seria por Francesco Saverio, Francisco de Sales ou Francisco de Assis. Foi por causa dos pobres que pensei em Francisco. Depois, enquanto o escrutínio prosseguia, pensei nas guerras, e assim surgiu o homem da paz, o homem que ama e protege a criação, com o qual hoje temos uma relação que não é tão boa.” (Frase do Papa em relação a escolha do seu nome)
COMENTÁRIOS SOBRE O PAPA FRANCISCO
Se em relação a Jornada Mundial da Juventude a palavra que se destaca é “unidade”, em relação ao Papa a palavra que podemos usar é “referência”. A sociedade de hoje em dia é muito carente de boas referências. Dessa forma, quando alguém que ocupa um posto de destaque no mundo, se despe de toda sua pompa, quebra protocolos para estar perto das pessoas e as tocar fisicamente, provoca uma admiração instantânea, pois esse indivíduo passa representar tudo o que a sociedade espera, alguém em que ela possa projetar todas as suas angústias e que humildemente irá dar ouvidos a elas. Além disso, o Papa representou o resgate dos valores que a sociedade perdeu ao longo dos anos e talvez a principal delas seja a capacidade de se importar com o seu semelhante. Francisco deixou isso bem claro em suas palavras, colocações, observações e, sobretudo em seus gestos, fatos que o transformou em uma referência para o povo.
Um homem, que na visão da sociedade é um “representante de Deus”, logo um homem bom, que se posiciona em relação aos anseios, mazelas e sofrimentos da sociedade, ganhará, com certeza, a confiança e o respaldo para ser um exemplo a ser seguido;
O novo Papa se colocou de uma forma em que a sociedade projetou sua “fé” nele, mas sabemos que a fé só pode ser projetada na pessoa de Deus. Fé não é algo palpável ela é executável, dessa forma, as pessoas querem alguém que tenha fé por elas; Nós não somos catalisadores da fé, somos produtores de fé (Rm 10:17).
REFERÊNCIA
A sociedade sente falta de uma boa referência ou uma referência boa;
Uma das definições da palavra “referência” no dicionário diz o seguinte: “O que se toma como parâmetro por sua qualidade, eficiência etc.” (Aulete Digital – Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa. Ed. Caldas Aulete.).
Talvez a pergunta que devêssemos fazer a nós mesmo seja a seguinte: Eu estou sendo parâmetro para alguém? As pessoas precisam ver em minha vida uma qualidade, uma eficiência que as façam querer seguir o meu exemplo, não preciso ser um Papa para isso, basta que eu seja referência dentro do contexto onde eu estou inserido, essa é a verdadeira pregação do evangelho. Agostinho dizia a seguinte frase aos seus discípulos: “Vão e preguem o Evangelho e se necessário for utilizem as palavras”. A sua vida, talvez, seja a única Bíblia que uma pessoa irá ler em toda sua trajetória de vida.
PESSOAS IMITAM ATITUDES E NÃO PALAVRAS.
[ FILIPENSES 3:17 ]
Nós podemos ser referência para a sociedade, mas para isso temos que ser exemplo para a sociedade. Isso começa em dentro de “casa” (1 Tm 4:12), ou seja, temos que ser exemplos dentro do nosso próprio arraial (Igreja) e dentro do nosso contexto familiar, pois se não conseguirmos ser exemplo em nenhum desses dois locais, não seremos em lugar nenhum;
Precisamos ter uma vida exemplar
Uma vida exemplar é formada por meio da prática constante da Palavra de Deus.
2 Timóteo 3:16-17 – Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
Filipenses 2:5 – Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus.
1 Coríntios 11:1 – Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Efésios 5:1 – Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
http://rodrigogoulart.com
http://twitter.com/digoenath