Salmo 33; Efésios 4.1-8; I Coríntios 12.4-27
Esforço (Efésios 4.3)
Por que “esforço”? Por que determinadas coisas são difíceis, é necessário fazer força para obtê-las. Não é difícil conviver (como diz o Salmo 133) com as pessoas de quem gostamos. Pelo contrário, queremos estar com elas, procuramos agradá-las, fazer suas vontades. Afinal, geralmente gostamos das mesmas coisas que elas gostam e queremos o mesmo que elas querem. Geralmente andamos com as pessoas com as quais nos identificamos.
Mas a tendência de muitos grupos é começar a achar que “sua turma é a melhor”, que o seu grupo é o certo e detentor da verdade. Os outros grupos passam a ser os piores e estar sempre errados. Chegam a se fechar tanto que passam a olhar os outros como se fossem quase – ou até – inimigos. Fazer esforço para conservar a unidade no vínculo da paz significa sair do comodismo, da zona de conforto, e se aproximar mudar a maneira de ver, de pensar a respeito de alguém ou algum grupo de pessoas diferente. E mais, é estar disposto a consertar, a pedir perdão e perdoar se for preciso.
ESFORÇO – ATITUDE – SAIR DA ZONA DE CONFORTO
Coletividade (Efésios 4.4-6)
Precisamos ver Deus na vida, nos dons e ministérios que são diferentes dos nossos. Afinal, o corpo de Cristo não é dividido. Precisamos desenvolver uma visão de corpo, de Reino. Precisamos ver tudo o que está sendo feito para o crescimento do Reino, e não somente do meu grupo ou ministério. Esse mesmo princípio é abordado em I Coríntios 12.4-6; é o mesmo Espírito.
Individualidade (Efésios 4.8)
“Cada um” fala de indivíduos, de mim, de você. Fala da função e da individualidade de cada parte, cada membro do corpo. Quem definiu qual seriam as funções no corpo? Quem determinou que um cantaria, o outro tocaria bateria, outro seria pastor e outra seria secretária, e ainda que “fulano” seria líder? Quem deu a cada um dons e talentos diferentes dos outros? Cristo (I Coríntios 12.7-11; 18).
Quando entendemos isso, paramos de tentar ser o que não somos. Paramos de admirar excessivamente o que os outros têm em detrimento do que não temos. Há pessoas que não têm dom para cantar, por exemplo, mas querem isso tão intensamente cantar que se frustram quando não conseguem. Deus nos fez com dons e talentos específicos, e não precisamos carregar um fardo porque não somos como certas pessoas às quais admiramos. Essa admiração excessiva pode facilmente se transformar em inveja, e isso é pecado, fere e mata. Haveria uma grande monotonia se todos fôssemos iguais. Por isso, precisamos valorizar o que Deus nos deu e aos outros; respeitá-los, ainda que sejam diferentes de mim (I Coríntios 12.20).
Precisamos uns dos outros (I Coríntios 12.21-27)
Deus fez o corpo assim, diversificado, para que não haja divisão no corpo e todos tenham igual cuidado uns pelos outros. Assim, quando um sofrer, todos sofrerão com ele; quando um for honrado, todos se alegrarão com ele.
Você já descobriu o seu lugar no Corpo? Será que você precisa pedir perdão ao Senhor por ter desprezado os dons que Ele mesmo lhe deu? Será que você tem se comparado com os outros e deixado a sua individualidade morrer? Existe em seu coração algum pecado de inveja ou rejeição com relação a alguém, algum grupo de pessoas ou alguma igreja diferente da sua? Peça perdão ao Senhor. Peça ao Senhor que lhe mostre o seu lugar. Somos todos chamados a servir, a nos sacrificar, fazendo tudo o que nos vem à mão para fazer. Mas o nosso dom específico é aquele que temos de melhor e que nos dá maior prazer.
Artígo extraído do site www.diantedotrono.com.br