Afirmar ser verdadeiro aquilo que se reconhece falso; dar informação falsa a alguém a fim de induzir ao erro, causar ilusão, dissimular a verdade… estas são algumas das definições para a mentira dadas pela psicóloga e sexóloga Marluce Nery. A profissional afirma que existem pessoas com o hábito de mentir descaradamente ou com certa compulsão, piorando a situação quando sua atitude mentirosa causa dano em outros que não merecem tais mentiras.
“Entretanto, a análise não se baseia em fatos isolados, e sim no conjunto de circunstâncias que envolvem sentimentos, pensamentos e propósitos que acompanham as atitudes”, diz.
Marluce fala sobre algo que faz parte do cotidiano de muitos: a “mentira fisiológica”. “De uma forma ou de outra; seja a criança com medo da punição dos pais, o jovem que vangloria-se de sua performance sexual com os colegas ou nos “falsos elogios”:-“você parece sempre jovem”…ainda que haja risco de ser descoberto, mentir é um recurso “fácil” de se recorrer sem grande esforço”, ressalta.
“Ela acontece de uma forma ou de outra. Seja a criança com medo da punição dos pais, o jovem que vangloria-se de sua performance sexual diante dos colegas, ou nos 'falsos elogios' do tipo 'Você parece sempre jovem…' Ainda que haja risco de ser descoberto, mentir é um recurso 'fácil' de se recorrer sem grande esforço”, ressalta.
Nos dias atuais, muitos jovens cristãos têm adotado esse costume que, com certeza, não faz parte de uma conduta de alguém que sirva a Deus. Algumas vezes, para se livrar de uma situação complicada no colégio, na faculdade, outras para não ser obrigado a atender alguma pessoa desagradável em um telefonema, dentre inúmeras outras ocasiões.
É comum que se pense: “Isso não é nada demais, não estou prejudicando ninguém”. Porém, se olharmos de acordo com as Escrituras Sagradas, a história não é bem assim. Para o pastor Pedro Litwinczuk, o Pedrão da Igreja Batista Comunidade do Rio, não existe o que se costuma chamar de mentira branca.
“O diabo é o pai da mentira. E isso começa com os princípios. Hoje nós encontramos um grupo enorme de adolescentes que possuem site de relacionamentos e já começam mentindo sua idade – dizem ter mais de 18 anos –, já que só maiores de idade podem estar acessando tais páginas”. O pastor insiste na questão dos princípios. “É preciso passar para eles a questão da verdade, pois ela liberta; já a mentira acaba levando para caminhos tortuosos. A Bíblia orienta: 'Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará'.
O Espírito Santo diz através do apóstolo Paulo: 'Não vos conformeis com este mundo”, ou seja, não tomem a forma, não se amoldem às paixões desta era'”. Pare ele, isto é o que tem acontecido com a juventude, um processo de “mundanização”.
“A galera tem sentido a pressão dos amigos que dizem: 'Vamos para a chopada, mas diga ao seu pai que vamos ver DVD na minha casa'.
Com isso, ele acaba escalonando o valor da mentira. É como se existisse mentira, mentirinha e mentirona, mas não é dessa forma. Toda e qualquer mentira é pecado. Você está entristecendo o coração de Deus e com certeza deformando seu próprio caráter”, afirma o pastor.
A psicóloga Marluce diz ainda que, se a pessoa está consciente de sua mentira, seja ela um elogio falso ou um atestado médico “arranjado”, é necessário se dar conta dos prejuízos morais ou emocionais que podem ser causados ao próximo e a si mesmo.
Artigo extraído do site www.elnet.com.br