Em Mateus 7.21 se lê: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus. Mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Cumprir a vontade de Deus é uma condição prévia essencial para a entrada no Reino dos céus.
A obediência à vontade de Deus, requerida por Jesus Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas o Senhor Jesus Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do Reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus o cristão deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. A fé inclui obediência a Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do Espírito Santo em nós. É a “obediência que provém da fé”, logo, fé e obediência são inseparáveis. A fé salvífica sem uma busca dedicada à santificação é ilegítima e impossível. Esse fato é visto nas muitas exortações para que o servo de Deus mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo. O cristão pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, isto é, a graça e o poder de Deus e a vida espirirtual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As escrituras declaram “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus… Porque somos feitura sua.” (Ef 2.8-10)
Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isso é atribuído à ação redentora de Deus. “Porque Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” A graça de Deus opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de Deus dentro de nós não é de compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós sempre depende da nossa fidelidade e cooperação. Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O cristão deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência, todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo, e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida.
Devemos descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelada nas Escrituras. Como os dias que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável vontade de Deus.
Uma vez que já sabemos como Ele deseja como vivamos como cristãos, precisamos dedicar-nos ao cumprimento da sua vontade.
Devemos desejar, com sinceridade, à perfeita vontade de Deus, e ter o propósito de cumpri-la em nossa vida e na vida de nossa família.
Não podemos usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e mornidão espiritual.