Numa das muitas vezes em que o Senhor falara a Jeremias; Quando o enviou ao Rei de Judá e ordenou que levasse consigo as palavras do Deus Eterno para os seus ouvidos, era claro que estas não seriam fáceis de serem ouvidas.
Uma palavra dura.
Uma ameaça terrível de destruição iminente; Jeremias “compraria” uma tremenda briga com o Rei, sacerdotes e o povo.
Contentes ou não, ouviram; A palavra dada pelo profeta era clara: “Assim diz o Senhor: Executai o direito e a justiça e livrai o oprimido das mãos do opressor; Não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar” Jeremias 22: 3.
Seguida de promessa se a cumprissem e de maldição, se não, eles estavam frente a frente com a ordem do Eterno; O Deus que não muda. Em nada.
Sua misericórdia conhecida, seu amor que nos constrange, seus projetos insondáveis e seu poder sem fim… Nada; absolutamente, nada muda o seu caráter, revelado em sua palavra e em todas estas coisas.
Toda a perfeição que Deus nos revela dia após dia; Todo o seu caráter é exemplo ao homem.
E eu, não estaria aqui, dizendo nada de novo, se o problema fosse velho; antigo e permanecesse apenas entre as histórias de um tempo distante.
Se fosse com os fariseus de outrora ou ainda, apenas com de alguns de nós em nossos dias, certamente estaríamos felizes e tranquilos, Afinal, Jesus já dera sobre eles a palavra de que toda a planta que o Pai não havia plantado seria arrancada.
E Será; Incomodando–se, eles, ou não.
Encontramo-nos hoje, em muitas situações, “certos” e sem temor, pois os “fariseus”, ora, os fariseus… são os que possuem uma religiosidade pura, um exibicionismo e soberba natos; são de outra denominação e não da nossa.
“Não há”, esta possibilidade conosco, afinal, a palavra é sempre para quem está ao nosso lado com um pecado vigente e nunca para o nosso ouvido, que, com certeza só estava ali, por coincidência. Não há o que comer dela como Ezequiel, que antes de falar ao povo duro de Israel, teve que se apropriar dela em seu intimo e sentir o seu sabor doce ao recebê-la e amargo, ao ver todo o seu peso e responsabilidade…
Diante de toda a sabedoria dada por Deus ao homem, se não nos aproximamos de sua vontade expressa em Jesus, esta sabedoria se corrompe e sutilmente chega ao estado de ‘zelo” e não de sintonia com a vontade desejável dele.
Aconteceu com Salomão e muitos.
Daí, encontramos as justificativas para fazer valer a nossa vontade, a nossa visão diante do que pensamos poder fazer, ao invés da pura e clara vontade de Deus, de que façamos Justiça e executemos o direito.
O senhor Jesus lutou contra estes tais fariseus e líderes da lei e disse claramente aos seus discípulos: “Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam”. Mateus 23:3
Logo, eles não eram uma classe distante, uma religião abominável e que cultuava a um deus estranho.
Eles eram os mesmos homens, como eu e você; As mesmas pessoas que erravam; pelo simples fato de não darem ouvidos ao coração do criador e sim, ao próprio coração. Passavam longe de toda a verdadeira justiça. Longe do coração do pai, revelado em toda a vida de Jesus Cristo.
Duros; Como os antigos que matavam os profetas; como os reis e sacerdotes que naquele tempo ouviram a dura palavra de Jeremias que trazia benção ou maldição, de acordo com a decisão do coração do Rei que ouvia.
Duros e bem longe do que mais agradava ao Deus Eterno; Como muitos de nós, hoje.
Um dos desejos mais ardentes do coração Pai em toda a sua palavra, é justiça.
O reino de Deus é Paz, alegria e justiça. Você não consegue uma, driblando a outra.
O senhor nos justifica pelo seu poder e graça. Sejamos, então, a justiça que aproxima o homem de Deus; A justiça que possuímos pela graça, para que transbordemos de justiça e não, que a guardemos para nós.
Como Casa de Deus, estejamos “embebidos” por dentro e fora; Tomando dela e dela fazendo parte.
Mais que excedendo, “transbordemos” para todos os lados, da justiça que Deus deseja que nos tornemos difusores e não à dos fariseus, que, infelizmente, se não vigiarmos, podem também, ser eu ou você.
Justiça, não como o mundo a vê; mas como Deus a quer e a demonstra.
“… Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus”. Mateus 5:20.
Não somente como Jeremias, que naquele tempo, abriu a boca e apregoou a justiça e juízo de Deus, mas tal como Jesus; que em todo o tempo não somente falou, mas também provou por meio de sua vida, em todo o tempo, a justiça desejável do coração do Pai.
Por Rogério Ribeiro.