Em Deuteronômio 13.1-5 se lê: “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conhecestes, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, com todo vosso coração e com toda a vossa alma.
Após o SENHOR, vosso Deus, andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.
E aquele profeta ou sonhador de sonhos morrerá, pois falou rebeldia contra o SENHOR, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito e vos resgatou da casa da servidão, para vos apartar do caminho que ordenou o SENHOR, vosso Deus, para andares nele; assim, tirarás o mal do meio de ti.”
É fundamental à comunhão do cristão com o Senhor, a sua fidelidade a Deus e à Palavra revelada dele. O bem-estar (tanto físico como espiritual) do ser humano depende do seu relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra.
As vezes, o Senhor permite dificuldades em nossa vida como uma forma de, paternalmente, nos ensinar a depender dele com mais confiança, e recebermos sua Palavra com maior interesse.
Os versículos 1-5 do texto bíblico mostram que a tentação visando a destruir nossa lealdade a Deus, às vezes surge através de pessoas parecendo espirituais. Várias interferências decorrem disso, para nossa vida como cristãos.
Deus, às vezes, nos prova permitindo que surja entre o seu povo, pessoas afirmando que são profetas de Deus, e que realizam “sinal ou prodígio”. Tais pessoas, às vezes, falam com muita “unção”, predizem corretamente o futuro, e operam milagres, sinais e prodígios. Ao mesmo tempo, porém, podem pregar um evangelho contrário à revelação bíblica, acrescentar inovações à Palavra de Deus ou subtrair partes dela. Tudo que contradiz, modifica ou altera as Escrituras deve ser rejeitado pelo fiéis de Deus. Sua Palavra, a Bíblia, é nossa autoridade suprema e nosso guia único como verdade. Aceitar esses falsos pregadores significa abdicar da fidelidade total a Deus e à sua Palavra inspirada.
O Novo Testamento também, por sua vez, adverte que falsos profetas e falsos mestres perverterão grandemente o Evangelho de Cristo nos últimos dias desta era. O cristão deve ter firme determinação quanto a sua fidelidade à revelação escrita de Deus, como a temos na Bíblia Sagrada. A autenticidade do ministério de uma pessoa e do seu ensino não deve ser avaliada apenas pela sua pregação talentosa, alocuções proféticas poderosas, realização de milagres ou número de decisões. Esses critérios tornam-se cada vez menos dignos de confiança à medida que se aproximam os tempos do fim. O padrão da verdade sempre deverá ser a infalível Palavra de Deus. Discernir até que ponto essa pessoa se baseia nas Escrituras é um ponto fundamental para não ser enganado pelos falsos mestres e pregadores que tem surgido no meio da igreja. A igreja precisa estar atenta no que diz respeito ao assunto em foco “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.”
As Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra do homem ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.
Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagens das Sagradas Escrituras.
As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade. Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça. Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como autoridade máxima.
Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do pecado, de satanás e do mundo em nossas vidas.
Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas. Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura.
Pastor Lauro Cabral